A Tia estranhou que a minha última refeição antes de vir para Bonn tivesse sido carapauzinhos fritos com arrozinho de tomate. Básico talvez, mas como fiz questão de referir: "vou emigrar pá. Lá não há disto".
E não há mesmo. Acho que vou voltar a comer peixe na consoada que é quando regresso a Portugal. Tenho saudades de uma douradinha grelhada e não confio nos peixes daqui. Não duvido da frescura do prato (ok é congelado, mas é como deve de ser), mas a confecção deixa muito a desejar.
Aqui acabamos por nos render aos molhos. A comida é preparada com pouco tempero para depois ser regada com molho pré-preparado. Em relação à água... É má! É com gás! Mas sem gás é pior e sabe mal. A fruta é pouca. O salame é sempre bom, os patês são maravilhosos...
Vai ser difícil não engordar. Estou já a avisar, sim? Depois não digam "ai, estás mais gordinha..." Gosto muito quando dizem gordinha.
Uma lontra! "Estás uma lontra". É melhor! Porque nós sempre achamos que estamos gordinhas quando nos olhamos ao espelho e acabamos por ir adiando e adiando uma restrição alimentar. Mas só com fotografias é que depois percebemos que na verdade estamos é umas verdadeiras lontras.
E porque é que os alemães não engordam? Porque andam de bicicleta o tempo todo. Os mais gordos, assim como eu me estou a preparar para ser, andam de autocarro. Eu gosto imenso de andar de bicicleta, mas só a ideia de chegar ao ofício a pingar água e a precisar outra vez de um banho, deixa-me doente. E gorda.